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Você conhece a prática de biorremediação?

O grande avanço mundial em diversas áreas tecnológicas, industriais e até químicas é motivo de comemoração, afinal, são conquistas da humanidade. Mas será que são só boas notícias? Junto com os benefícios, vieram também um aumento considerável de poluentes, resíduos e lugares profundamente afetados pela ação humana. Essa geração de resíduos não é apenas problemática por si só, ela também é muito mal gerenciada, com a maioria dos resíduos sendo descartada de forma errada, prejudicando o meio-ambiente.




Porém, existem algumas soluções aplicáveis para reduzir os danos desses resíduos. Tratando-se especialmente de uma matriz ambiental (como a água ou o solo de uma região), existe a prática da biorremediação. Mas, o que é isso? E será que funciona?


Por definição, podemos entender a biorremediação como um "remédio vivo". Através do uso de processos biológicos é possível transformar, e em alguns casos, até remover completamente um poluente de algum lugar. O processo metabólico natural de microorganismos como bactérias, fungos e plantas pode utilizar o poluente como fonte de energia, o consumindo, e ainda gerando algum produto que pode ser utilizado em outra prática sustentável, como biogás, biomassa, sais minerais e até água.

A biorremediação pode ser feita por meio de dois processos: in-situ ou ex-situ. E cada processo possui as próprias técnicas.


-Biorremediação IN-SITU

Esse processo consiste na aplicação da biorremediação diretamente na área contaminada.

As técnicas que podem ser usadas são:


  • Atenuação natural: ação de biodegradação natural realizada pelos organismos presentes no local contaminado

  • Bioestimulação: adição de nutrientes e/ou sais para estimular os microrganismos do local contaminado e, assim, ter maior eficiência no processo de degradação.

  • Bioaumentação: adição de microrganismos selecionados com alto potencial de degradação do poluente no local contaminado.

  • Bioventilação: adição de gases que estimulem a atividade de degradação realizada pelos microrganismos do local contaminado.

  • Landfarming: aplicação do resíduo na superfície do solo para biodegradação microbiana, com aeração do ambiente, podendo haver adição de corretivos, fertilizantes e microrganismos selecionados.

Fonte: Adaptado de Profissão Biotec, por Bianca Chaves Martins


-Biorremediação EX-SITU

Esse processo consiste na aplicação da biorremediação fora da área contaminada.

As técnicas que podem ser usadas são:


  • Compostagem: o solo contaminado é levado para o local de tratamento e empilhado, controlando-se as condições físicas e químicas (aeração, nutrientes e umidade do solo) para otimizar o processo de degradação pelos microrganismos.

  • Biorreatores: o material contaminado é colocado em grandes tanques fechados, adicionando-se os microrganismos responsáveis pela degradação do poluente e uma grande quantidade de água. Há o controle e otimização das condições ambientais de pH, temperatura e aeração.

Fonte: Adaptado de Profissão Biotec, por Bianca Chaves Martins




Alguns exemplos de contaminadores que podem ser contidos através da biorremdiação são o petróleo, alguns metais pesados e agrotóxicos. Essa prática é ecologicamente correta e muito promissora, embora algumas pessoas possam considerar uma desvantagem que alguns processos levem muito tempo para serem feitos. Apesar do tempo gasto, é uma solução muito viável e mais barata que alguns dos processos tradicionais. Lembrando que, para que a biorremediação seja efetiva, é necessário um profundo estudo, uma análise química e biológica do lugar a ser tratado, além de temperatura e umidade que favoreçam os organismos que vão fazer a biorremediação. Essa análise pode ser feita por um engenheiro de bioprocessos, visto que é uma das áreas na qual este profissional pode trabalhar.


No entanto, ainda carecem investimentos em pesquisas e também meios de aproximar a biorremediação com o ambiente empresarial, para que haja maior investimento tecnológico na aplicação dessa prática. O que resta para ser feito por nós então? Repensar diariamente nossas atitudes com o meio-ambiente, e como fazer pequenas mudanças para ajudar na preservação do nosso pálido pontinho azul, ou para os mais próximos, planeta Terra.


Texto por: Isadora Martinazzo
















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