top of page
  • Foto do escritorATP Jr.

DNA – Uma molécula promissora para armazenamento de dados

Durante toda a história humana, sempre houve um desejo entre os nossos ancestrais de deixar registradas informações importantes. Em 62000 A.C. os homens deixavam pinturas nas cavernas; mais tarde, por volta de 4000 A.C, os povos do Oriente Médio inventaram um método de registro ainda mais elaborado: a escrita. Apesar de Gutenberg levar todo o crédito pela invenção da impressão, já existia um sistema móvel de impressão na China, desenvolvido por Bi Cheng por volta dos anos de 990-1051 D.C., muito antes da máquina de Gutenberg de 1450 D.C.


Evolução dos meios de armazenamento de dados
Créditos da Imagem: Wyss Institute at Harvard University

O método desenvolvido recentemente e mais utilizado tem como base os bits. O bit é a menor unidade utilizada para armazenamento de informações em computadores, e é representado de forma binária como 0 ou 1.

Após estudos que colocaram uma luz sobre a estrutura e função do DNA, essa molécula vital à vida passou a ser cada vez mais investigada e aplicada. Pode-se utilizar DNA realização de testes de paternidade, estudo de ancestralidade e tendência a desenvolvimento de doenças, produção de vacinas, determinar a contaminação de alimentos e até mesmo... armazenamento de dados! Sim, você entendeu corretamente o título deste artigo!

Estrutura de uma fita de DNA

Para entender como o armazenamento se baseia no caso do DNA, é preciso saber que essa molécula consiste em uma fita dupla que interagem por meio de bases nitrogenadas. Existem 4 tipos nucleotídeos que formam o DNA e para diferenciar essas bases utilizam-se 4 letras: A (adenina), T (timina), C (citosina) e G (guanina). Durante a formação da fita dupla essas bases interagem em pares específicos, A se liga a T e C se liga a G. Na técnica de George Church e Sri Kosuri, pesquisadores da Universidade Harvard as sequências A e C correspondem ao 1, enquanto T e G correspondem ao 0, exatamente como no sistema de bits utilizados pelos computadores atuais.


O DNA é pelo menos 1000 vezes mais que o disco rígido mais compacto existente, e pelo menos 300 vezes mais durável que as fitas magnéticas de armazenamento mais estáveis! Cada 1 grama de DNA é capaz de guardar até 700 TB de informações, o que corresponde a 43 mil filmes em alta definição. Outro fator importante é que ela pode resolver problema comum do atual armazenamento de dados, que é a fácil degradabilidade. O grama de DNA com seus 43 mil filmes preferidos conseguem suportar 400 mil anos no sol do deserto! E aí? Gostou? Já quer trocar seu HD de 320GB por algumas gramas de DNA?


Você ainda não pode!


Apesar das enormes vantagens, o DNA ainda não é utilizado amplamente como armazenador de dados devido ao alto custo atual dessa tecnologia e à lentidão do processo de gravação e leitura dos dados. Mas não se preocupe, nem tudo está perdido, tecnologias avançam e, tomando como exemplo, em 2001 mapear uma sequência de alguns milhões de pares de DNA custava mais de 10 mil dólares, o que hoje não passa de 0,10 centavos de dólar.



Logo da Startup Catalog

A equipe de George Church e Sri Kosuri continua pesquisando formas de reduzir os custos de produção da técnica; e Startups como a Catalog já entraram na corrida com novas técnicas visando o mesmo objetivo.







Segundo a Catalog, em 2025 o mundo vai gerar 160 zetabytes de dados, mais bytes de informação do que estrelas no universo observável! Para o time que não abre mão do backup gigantesco, essa tecnologia é um prato cheio! Aguardemos.

⭐⭐⭐

17 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page