O desenvolvimento da vacina lá no século XVIII transformou a ciência como conhecemos hoje. Essencial na erradicação de doenças, como a varíola no mundo inteiro, as vacinas se tornaram parte do desenvolvimento e proteção das pessoas, desde o nascimento até as idades mais avançadas.
Em meio a pandemia do Covid-19, no entanto, muitos questionamentos surgiram quanto à eficácia e segurança de aplicação de vacinas, especialmente pelo rápido desenvolvimento das novas doses diante da necessidade atual. Mas será que esses questionamentos são benéficos? É necessário desconfiar das vacinas atuais? Veja a seguir!
A BASE PARA A VACINA DE COVID-19
O ponto central da vacina é “induzir” o corpo humano a desenvolver imunidade ao coronavírus antes mesmo de contrair a doença. Com isso em mente, diferentes mecanismos são usados para a produção de diferentes vacinas, com diferentes atuações para prover a proteção necessária.
De maneira geral e simplificada, todas as vacinas geram no corpo um grupo de células chamado Linfócito T de memória, um tipo de célula de defesa que ataca algumas células “ruins” em um corpo que já havia sido infectado anteriormente – MAS SEM PRECISAR DESSA INFECÇÃO! Mas como isso é possível?
TIPOS DE VACINAS EXISTENTES CONTRA O CORONAVIRUS
No Brasil, atualmente, têm-se a – lenta – aplicação de três vacinas principais, popularmente conhecidas como: AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer.
ASTRAZENECA
A primeira delas, AstraZeneca, usa uma tecnologia chamada de vetor viral não replicante, isto é, usa um “vírus vivo” incapaz de replicar no organismo humano ou prejudicar a saúde. Essa informação assusta, não é? “Como assim estão colocando o vírus vivo em mim?” é um dos grandes questionamentos citados no início do texto.
Esse vírus vivo, ou adenovírus, é modificado pela engenharia genética a fim de carregar consigo a “receita” para a produção do elemento (proteína) que vai ajudar o corpo a detectar rapidamente uma possível futura infecção pelo coronavírus e rapidamente criar formas de combate, antes que a doença se torne grave.
CORONAVAC
Já a vacina CoronaVac é feita com o próprio vírus. “COM O PRÓPRIO COVID-19?” Calma, não tem risco! O vírus é multiplicado em uma cultura de células e depois ele é INATIVADO por agentes térmicos e/ou bioquímicos. O corpo vacinado com a CoronaVac vai receber o vírus INATIVADO e, mesmo assim, as células naturais de defesa vão induzir uma resposta imune à “doença”.
PFIZER
Por último, a Pfizer. Essa vacina usa a tecnologia do mRNA, sigla para RNA MENSAGEIRO. A partir da replicação desse mRNA pela engenharia genética que se cria o imunizante. O mRNA vai mimetizar, ou seja, “simular” a proteína específica do coronavírus, desencadeando uma reação das células de defesa do corpo humano mesmo sem estar com o patógeno.
VACINE-SE!
A vacina é de extrema importância para não somente a proteção individual contra doenças, mas também, a proteção de um grupo. Elas previnem que o indivíduo vacinado contraia a doença, principalmente em maneiras graves, mas não impede necessariamente o contágio, por isso é importante a colaboração coletiva nesse quesito.
Se você já possui a oportunidade, VACINE-SE! Se você ainda não pode, COBRE! Continue com os métodos higiênico-sanitários e proteja a si mesmo e a quem você ama. Tempos melhores virão! :)
*O texto tem caráter informativo, de maneira a ser didático para todos os públicos.
**Informações retiradas no site oficial da CDC - Center for Disease Control and Prevention.
***Imagens meramente ilustrativas.